Etnomusicólogos tentam salvar o laralai-lailai-lai português
AGORA TODOS/JC – É uma tradição musical genuinamente portuguesa que vai desaparecendo, assim como os microfones prateados com cabo, os coros que dançam parados e o Eládio Clímaco. Os etnomusicólogos defendem a elevação do laralai-lailai-lai português a património mundial da UNESCO, como forma de o preservar para as gerações futuras. “É com o larilai-lailai-lai que o ramo musical português se separa da família indo-europeia” conta a’O Indesmentível Hipólito Félix, etnomusicólogo discípulo de Michel Giacometti. “A sua origem remonta ao Barroco. Em recitais de cravo, quando havia partes da música muito vazias ou então se esqueciam da letra, as pessoas cantavam o larilai-lailai-lai” afirma Félix. Segundo o etnomusicólogo, o laralai-lailai-lai apresenta uma riqueza ornamental que não tem equivalente no estrangeiro, e em Portugal só encontra paralelos na ourivesaria de filigrana e na talha dourada. Um tipo de expressão musical que no seu auge chegou a substituir o verso, tornando-o obsoleto.
Publicada a 5 de Janeiro de 2010, aqui.
AGORA TODOS/JC – É uma tradição musical genuinamente portuguesa que vai desaparecendo, assim como os microfones prateados com cabo, os coros que dançam parados e o Eládio Clímaco. Os etnomusicólogos defendem a elevação do laralai-lailai-lai português a património mundial da UNESCO, como forma de o preservar para as gerações futuras. “É com o larilai-lailai-lai que o ramo musical português se separa da família indo-europeia” conta a’O Indesmentível Hipólito Félix, etnomusicólogo discípulo de Michel Giacometti. “A sua origem remonta ao Barroco. Em recitais de cravo, quando havia partes da música muito vazias ou então se esqueciam da letra, as pessoas cantavam o larilai-lailai-lai” afirma Félix. Segundo o etnomusicólogo, o laralai-lailai-lai apresenta uma riqueza ornamental que não tem equivalente no estrangeiro, e em Portugal só encontra paralelos na ourivesaria de filigrana e na talha dourada. Um tipo de expressão musical que no seu auge chegou a substituir o verso, tornando-o obsoleto.
Publicada a 5 de Janeiro de 2010, aqui.
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